sábado, 5 de junho de 2010

Capítulo I - A Casa Misteriosa

- Não és capaz! – repetiu Leon – Não tens coragem suficiente!
- Tenho, sim! Eu não tenho medo! – exclamou Kelda.
- Vou voltar a repetir… Reza a lenda que quem entrar nesta casa será transportado para um mundo paralelo ao nosso! Uhhhhhhh! Não te dá medo?
- Não estou preocupada com isso! É só uma casa velha a cair aos bocados! Não existe nenhum mundo cheio de monstros lá dentro!
-Então, força! Entra! – encorajou Leon.
- Vamos juntos… - pediu Kelda.
- Fogo… És mesmo medricas!
- Não sou nada! Só não te quero deixar cá fora, sozinho! – disfarçou Kelda, enquanto começava a avançar em direcção à porta. Meteu a mão sobre a maçaneta, rodou-a e a porta abriu-se lentamente! Os dois miúdos entraram.
A casa era feia, quase a cair. A mobília parecia roída. Nas escadas que levavam ao segundo andar, faltavam alguns degraus e outros estavam partidos. O andar de cima era praticamente inacessível.
Não havia qualquer janela ou outro ponto de iluminação. Só pela porta da entrada se via luz. O cheiro não era muito agradável. Cheirava a algo como enxofre, pizza fria, chulé, transpiração, álcool, tabaco e mais alguns cheiros desagradáveis, todos misturados!
- Que cheiro! – resmungou Kelda.
- Não te queixes! Entra! – respondeu Leon.
- Ya, ya, ya…
Entraram os dois na casa e a porta, por detrás deles, fechou-se de rompante. Os dois saltaram de susto.
- AHHH! Que susto! – gritou Kelda.
- Podes crer! – concordou Leon – Agora já não há como voltar atrás! Vamos comprovar se a lenda é verdadeira ou não!
O silêncio era quase absoluto. Só se ouvia o som do vento contra as telhas partidas do telhado, até que, por alguns momentos, um som ensurdecedor encheu os seus ouvidos.
- Que foi isto? – perguntou Leon.
- Não sei, mas não estou a gostar… - respondeu Kelda, amedrontada.
A brisa intensificou-se. Agora, arrepios corriam o corpo dos dois jovens.
- Estás a sentir isto!?
- Pois… Acho que… estou! – sussurrou Kelda.
De repente, tudo começou a brilhar. As paredes desapareceram. Toda a mobília estava a desvanecer-se, até que o chão acabou por desaparecer também. Os jovens começaram a cair.
Estavam a ser sugados para uma dimensão paralela, onde iriam viver aventuras para além da imaginação.


CONTINUA......... no Capítulo II !!!