sábado, 26 de junho de 2010

Capítulo VI – A Ilha

Leon acabara de acordar. Como já começava a ser habitual, não se encontrava no mesmo lugar. Desta vez, tinha ido parar a um barco. Parecia estar a navegar num rio, ou até mesmo no mar. Mais à frente encontrava-se uma ilha, com uma pequena montanha ao centro. Na borda da ilha, distinguia uma praia, e mais longe uma floresta que se estendia até cerca de metade da montanha.
O céu era acinzentado, carregado de nuvens e relâmpagos. O mar estava agitado.
Nada aqui parecia real. Provavelmente estaria ainda inconsciente, a sonhar. Desta vez tinha a certeza que o local onde se encontrava não era real. As cores pareciam ter sido invertidas.
O barco avançava para a ilha. Leon interrogava-se o que estaria naquele local, e onde estaria a sua irmã Kelda. Alguns momentos depois, o barco chegara à ilha, e Leon desembarcara para investigar. Não poderia arriscar entrar na floresta, ou correria o risco de se perder. Limitou-se a vasculhar a praia. Ao longe distinguia algo no chão, algo semelhante a um corpo deitado. Leon lançou-se numa semi-corrida até ao local.
Era a Kelda. Encontrava-se caída na areia, talvez desmaiada.
- Kelda, ouve-me! Acorda!
Kelda não respondia.
Leon encostou a cabeça no peito de Kelda. Ela não respirava. Com isto, a aflição tomou conta do seu corpo. Estaria ela morta?
Leon lembrou-se das aulas de Primeiros-Socorros que havia tido há uns anos atrás. Precisava fazer-lhe respiração boca-a-boca.
Encostou os seus lábios aos da sua irmã. Em seguida, aplicou toda a sua força no peito de Kelda.
Kelda tossiu, deitando fora a água que se encontrava nos seus pulmões.
- Hum… Uhh…onde…estamos? Espera… O QUE ACONTECEU? Derrotámos o Kakuzu? Onde está o Naruto!?
- Ei, calma! Respira fundo! – disse Leon – Também não sei onde estamos. Acordei naquele barco e quando aqui cheguei, estavas aí, no chão.
- Pois… Estamos numa… ilha, certo?
- Sim, penso que sim. E sem nada nem ninguém à vista.
Enquanto falavam, Kelda levantou-se e sacudiu a areia na sua roupa.
- Mas como é que viemos cá parar? Ei, espera lá! Agora que olho com mais atenção, acho que este sítio não é real! – ponderou Kelda.
- Sim, já tinha reparado. Parece…… um sonho! Mas porque é que estaríamos a sonhar logo agora? Qual é o objectivo?
Num ápice, o céu mudou de cor, passando de um tom acinzentado para um céu totalmente preto.
A tempestade cessou. Uma forma arredondada, totalmente turva, apareceu no céu, tornando-se cada vez mais nítida. Era um Sharingan!
- Mas que… que se passa!? Isto, sim, mete medo! – disse Kelda, tremelicando.
Uma voz vinda desse mesmo Sharingan fez-se soar. Era tremida, mas não havia dúvidas que era uma voz masculina. Esta disse:
- Quando o segredo for revelado, um de vós terá que o matar, ou todos nós sofreremos as consequências! Vocês são a última esperança!
- Ahn? Segredo… matar… consequências… esperança? Não percebi………… - murmurou Kelda.
- O quê? O que quer isso dizer!? Quem és tu!? – perguntou Leon, gritando.
- Tudo a seu tempo. – respondeu a voz – Quando chegar a hora, tudo será revelado.
Acabando de dizer isto, o olho começou a desvanecer-se, até que desapareceu.
- Não! Espere! – gritou Leon.
Era tarde de mais. O olho já havia desaparecido. O céu retornou à sua cor acinzentada. A tempestade recomeçou.
Os dois irmãos estavam boquiabertos. O que é que se estava a passar desta vez? Desde que haviam chegado a este mundo, nada fazia sentido! Se pelo menos conseguissem algumas respostas……
Teriam que pensar nisso depois. Agora, precisavam de se preocupar em achar uma maneira de acabar com aquele sonho.
Como que por algum tipo de desejo, ou magia, o sonho parecia estar a terminar. Um enorme clarão ofuscou os dois irmãos, fazendo-os adormecer novamente.
O sonho chegara ao fim…



CONTINUA......... No Capítulo VII !!!